segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sem Rumo e com o destino traçado de encontro à árvore da vida



Para onde caminhar? Qual a direção a seguir? O que fazer no dia de amanhã eu ainda não sei. O bom de de viver é não sabe o que vem pela frente. Talvez eu fique parado flutuando nas águas deste rio esperando em qual curva eu vou parar - como daquela vez na infância depois que flutuei pelos córregos do riacho me perdendo no tempo e no espaço. De repente lá eu encontre uma nova árvore ainda não conhecida pelos botânicos, e que nesse novo vegetal eu veja um fruto nunca antes degustado com sabor que jamais alguém experimentou. Um sabor doce e não enjoativo de uma fruta leve e macia algo que eu coma diversas vezes e seu gosto seja sempre suculenta e apetitosa. Não como essas que nos são insuportáveis no dia seguinte, na semana seguinte ou no mês seguinte. E pior, será que não é no meu paladar que está o problema? Me perdi em não descobrir novos sabores e essencias. E se a grande arvore já me tivesse aparecido e eu cego e insensivel não vi? Pode ser que seja eu que não saiba apreciar nada verdadeiramente bom e acabei sendo estúpido.



E essa nova arvore a beira do rio é tão independente e forte. Ela não depende de outras arvores ao redor para se sentir segura e protegida; muito altiva e cheia de vida, deveras eu subir na sua copa. E sentir aquela paz aconchegante de se estar abraçado pela natureza e refrescado pelo vento do universo. Ali passarei os melhores momentos de minha vida sem a presença de ninguém mais, sem a necessidade de me alimentar, pois nela eu tenho seus frutos. Não preciso parar em nenhum boteco, porque da sua fruta eu faço o vinho da minha alegria. E das suas folhas o remédio das minhas feridas. Eu nela de nada teria falta, ela é esconderijo contra meu tédio natural. Mas perto dela há um problema que de mim nada pode evaporar e virar fumaça; ela murcharia e perderia cor com o cheiro de foligem que emana dos poros.

Nela construirei um cercado, plantarei um jardim ao seu redor. farei daquele espaço o Edem na terra e viciado ficarei no fruto da sua perdição. Encontra-se comumente crianças brincando ao seu redor, elas também adoram ficar em baixo de suas sombras. Me parece que ela fazem parte do mesmo ecossistema, as crianças e a árvore da vida. Nada importa, tudo já não tem mais sentido: o trabalho árduo e a dor em dar a luz não é mais necessário. O erros já foram esquecidos, o mal feito, a dor manifestada ao próximo foram deixadas para traz. Que cada um encontre a sua árvore da vida pois eu não deixarei que ninguém mais ouse tocar a minha. O que é descoberto só pode ser descoberto por uma pessoa.